Em 2010 eu: ri, cresci, sorri, evolui, fugi, me iludi, aprendi, curti, corri, cai, re-aprendi, saí, me diverti, me fudi, mas não morri. Eu chorei, beijei, dormi, sonhei, acordei, realizei, ouvi, fui ouvida, errei, me decepcionei, terminei, zuei, ganhei, briguei, me apaixonei, mudei, dancei, joguei tudo pro alto, aproveitei, parti, eu fiquei, me perdi, reencontrei, xinguei, calei, senti, sofri, pulei, cansei, lembrei, fui lembrada, conheci pessoas incríveis, conheci pessoas horríveis. Em 2010, se cai, não desisti, valeu a pena, eu vivi, e como vivi.
E espero fazer tudo melhor e em dobro.

 

Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar.

Por Neilane Martins'

Ninguem morre virgem. A vida fode todo mundo.